Basquete
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René Heflinger - René Meleca - 02 |
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Amigos (as). Muito se fala nos dias de hoje sobre o papel do esporte na formação e educação de pessoas, principalmente crianças. Pois esta coluna não poderia deixar de prestar as devidas homenagens a um Senhor que através do esporte e recreação foi fundamental na formação de toda uma geração de crianças de Iracemápolis.
Renê Hefliger, professor de Educação Física, devia ter sido indicado na época para ganhar o Título de cidadão Iracemapolense (apesar de não residir aqui) devido o trabalho que desempenhou nessas terras. Estamos falando da década de 80, ainda em seu início, por volta de 1980,1981 e 1982.A Usina Iracema, através do time do CAUI que tinha um forte e competitivo time AMADOR, contratou o Seu Renê (então residente de Limeira e professor de Educação Física da Unicamp), para cuidar de suas categorias de base.
Muitas pessoas ao ler isso provavelmente estranharão e se perguntarão: Nossa, categorias de base? Parece profissional? Não era, mas parecia. Com o incentivo da Usina Iracema em termos de investimento, seu Renê pode executar um trabalho primoroso que nos deixa com muita saudade daquele tempo. Cerca de 50 a 80 crianças, a maioria filhos de funcionários da Usina, eram divididos em categorias como dentinho, dente de leite e juvenil. Os treinos com toda a infra-estruturar de um time profissional eram separados: preparo físicos e coletivos com bola. Nos dias de treino os garotos esperavam ansiosamente o professor. Fato interessante é que a garotada geralmente ia recepcionar o treinador já na porta do ônibus, na antiga rodoviária, onde hoje é o centro de fisioterapia da prefeitura. Isso quando não esperavam na entrada da cidade e acompanhavam o ônibus até a rodoviária. E a competição entre os meninos para ajudar Seu Renê nos treinos começava ali mesmo, uns querendo levar o saco de bolas, outros querendo colocar as
rêdes nos gols, outros querendo apitar e assim por diante.Todo mundo querendo mostrar serviço.
Jogávamos em toda a região e também nas fazendas de Iracemápolis. O auge foi um Campeonato Estadual de Futebol Dente de Leite que disputamos em São Paulo. Ficamos hospedados nos alojamentos do Estádio do Pacaembú e ainda jogamos contra o Palmeiras. Foi a glória para crianças que sonhavam um dia ser um jogador de futebol profissional.
Outras atividades também foram importantes nesse processo de formação das crianças: Basquete, Vôlei, Campeonatos de Taco e futebol de botão, apresentação de Pipas e Papagaios, apresentação de coreografias de ginástica nas festas de fim de ano da Usina, Futebol de Salão, etc.
Dessa geração, ninguém conseguiu realizar o sonho de ser jogador, mas tenho certeza que as pessoas que cito a partir de agora (com a licença de todos) guardam na pessoa do Seu Renê a lembrança de um segundo pai, que com certeza nos influenciou para virarmos GRANDES SERES HUMANOS: Silvio G. De Lima (Silvinho do Vilo), a dupla Ía, e Duda (in memorian), Márcio Guedes de Oliveira e seus irmãos Fabiano e Renato, Mazota, Reginaldo da Silva, Antônio Carlos Gomes de Oliveira-Tonhão, Sérgio R. Evangelista, Renato de F. Evangelista, Wilson Cambuí de Oliveira (Baygon), José Adriano Barbosa, Hélio Rubens Correa, Morcego, Marcelino Bigoto, Vlademir Cardoso, Denilson Granço (Denão), Naldinho (Curi), Wagner Aiello e Vladir, Pedrão Noé, Piovani (Ursão), Celso Ap. F. De Souza, Sandro Granço, entre tantos outros que me desculpo se não citei (eram muitos).Enfim, mais do que título de cidadão de Iracemápolis, Seu Renê tem o glorioso título de cidadão dos corações de toda uma geração de pessoas e em nome de todos fica aqui esse registro na história de Iracemápolis.
Texto na íntegra da Coluna: Pendurando as chuteiras.
Renato Evangelista
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