Futebol
|
Inter-Título histórico completa 26 anos |
|
|
|
|
|
O dia 03 de setembro de 1986 será para sempre comemorado pelo torcedor da Inter de Limeira
Nesta segunda-feira, 03 de setembro, o torcedor leonino comemorará, pela 26ª vez, o título mais importante da riquíssima história da A.A. Internacional: o de Campeão Paulista de Futebol – o primeiro conquistado por um clube do interior paulista, algo raro, que engrandeceu ainda mais a vitória.
E para homenagear esses heróis, a diretoria leonina decidiu ir atrás de cada um deles para saber o que fazem atualmente e as lembranças que guardam daquele incrível título.
Além do técnico Pepe, oito, dos onze jogadores que entraram em campo naquela histórica final, falaram com a assessoria do clube e deixaram seus recados (o meia João Batista não foi localizado).
Silas Carrere (goleiro) – Aos 56 anos, mora em Ourinhos e recentemente possuía uma concessionária de carros. Há alguns meses tornou-se gerente do futebol amador da cidade. Após o título de 86, jogou ainda por Guarani, São Bento e encerrou a carreira no São José, em 1992. “A conquista do título marcou a história de todos, principalmente da cidade de Limeira. Depois deste feito, o Campeonato Paulista nunca mais foi o mesmo”.
João Luís Barbosa (lateral direito) – Natural de Cosmópolis, completou 50 anos recentemente. Formou-se em Técnico de Segurança do Trabalho e exerce a função na Usina Ester. Foi negociado com o futebol português após o título de 86. Voltou ao Brasil onde foi campeão pelo Palmeiras e encerrou a carreira em 1992, no XV de Piracicaba. “Além do grande feito, o título foi uma espécie de trampolim aos jogadores da época, pois todos conseguiram se firmar no cenário nacional e internacional. Devemos tudo isso à Internacional”.
Juarez Elísio Davi (zagueiro) – faleceu em 1997, aos 42 anos, vítima de um acidente de moto. Na época, trabalhava como mecânico, em Santos. Depois da Inter, jogou no Palmeiras, XV de Piracicaba e equipes do nordeste do país.
Bolívar Modualdo Guedes (zagueiro) – Aos 57 anos, vive em Santa Cruz do Sul/RS. Atualmente acompanha a carreira do filho, Bolívar, zagueiro do Inter de Porto Alegre. Parou de jogar em 1991, após passagem vitoriosa pelo Bragantino, logo que se transferiu do Leão, onde também atuou como treinador. “A união daquele grupo foi o diferencial para sermos campeões. Respeitávamos um ao outro dentro e fora de campo, inclusive tendo voz ativa com a comissão técnica. Foi um grupo de homens incrível”.
José Pericles Galina, o Pecos (lateral esquerdo) – faleceu em 2007 vítima de um acidente de carro. Atuou também pelo Coritiba, depois de ser Campeão Paulista pelo Leão.
Edson Ap. Macedo, o Manguinha (volante) – Sócio de um empreendimento que loca campos society em Bragança Paulista, está com 55 anos e também dá aulas de futebol em dois colégios particulares da cidade. Depois de ser campeão, jogou um tempo no Japão, voltou pra Inter e encerrou a carreira no Paulista de Jundiaí. “Lembro que o Dulcídio Wanderley Boschillia, árbitro da final, disse ao Gilberto Costa e ao João Batista que naquela noite o campeão seria decidido na bola, não importasse a cor da camisa. Isso mostra o respeito que todos tinham com a Internacional”.
Gilberto Costa (meia) – Aos 55 anos, mora em Santos e é candidato a vereador. Trabalha na inclusão social de jovens no futebol e também segue a carreira de treinador. Inter de Porto Alegre, Bahia e Corinthians foram equipes que defendeu após a Inter. Encerrou a carreira em 1993. “Meu filho nasceu em Limeira naquele ano. Isso marcou bastante. Foi na época do título, por isso, Limeira representa muito pra mim. Tenho saudade porque o futebol era bonito e formamos uma família, com jogadores de bagagens e que precisavam provar pra si mesmo seu potencial”.
Ederval Luis Conceição, o Tato (atacante) – Mora em Piracicaba. Aos 43 anos tem uma empresa de material esportivo. Após marcar um dos gols da final, foi contratado pelo Palmeiras e depois fez muito sucesso no México. Parou de jogar em 2001. “Merecemos o título. Fomos campeões do segundo turno, ganhamos a taça dos invictos, tivemos o melhor ataque, a melhor defesa e fomos o time que mais pontuou”.
João Leithard Neto, o Kita (centroavante) – Morando em Passo Fundo e com 54 anos, se recupera de um grave problema que quase o fez perder a vida em 2011. Precisou amputar o pé esquerdo por conta da diabete, contraída na cirurgia que buscava reconstruir o ligamento do tornozelo. Artilheiro do Paulista de 1986 com 24 gols, foi defender o Flamengo. Passou também por Portuguesa, Grêmio e defendeu a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. “Aquele título foi maravilhoso, inexplicável, uma coisa que não tem como descrever. A equipe foi se formando no campeonato, crescendo, ganhando maturidade e entrosamento. Aproveito para dizer ao torcedor da Inter e ao povo de Limeira que estou bem. Minha recuperação está sendo boa e superando as expectativas. Meu abraço a todos”.
Ronaldo Francisco Lucato, o Lê (atacante) – Proprietário de uma empresa de marketing esportivo, mora em Limeira e está com 48 anos. Destaque nas finais chamou a atenção do São Paulo, onde também foi campeão. Passou ainda por Portuguesa, Inter de Porto Alegre e Atlético Mineiro. Parou de jogar aos 32 anos. “Atribuo o título à manutenção de parte do elenco que disputou a competição em 1985. Esse fator, aliado as contratações realizadas na época, foram decisivas”.
José Macia, o Pepe (treinador) – Consagrado por fazer parte do grande time do Santos comandado por Pelé, Seu Macia, como ficou carinhosamente conhecido em Limeira, aceitou o desafio de treinar uma equipe do interior e acabou formando um elenco com jogadores que vinham de grandes clubes, porém, com passagens não tão boas. Soube unir juventude e experiência, e deu a Limeira algo impensável: o título de Campeão Paulista de Futebol. Sua passagem pela Internacional cativou o povo limeirense, que o reverencia até hoje. “Naquela época, a Inter era uma equipe de porte médio, mas confesso que em termos de projeção e satisfação, foi o clube que mais me deu alegrias”. Muito requisitado para entrevistas e sempre simpático, Pepe vive em Santos, mas faz questão de demostrar seu carinho pela cidade que o acolheu tão bem. “Quando quero ser feliz, vou a Limeira”.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|