Futebol
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José Antônio Bressan - Totó Bressan - 09 |
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Lembranças.....
AMIGO
Gostaria que, se possível, comentasse um fato que participei e fiquei muito triste pelo que ocorreu no final.
Em 1998, fui trabalhar no Klabarovski da Rússia e tinha muito contato com o Ronaldo Lucato, o LÊ, então o apresentei um russo de nome SLAVA que estava no Brasil para negociar a minha possível ida para o clube acima. Lê perguntou poderíamos dar uma força para um jovem de 19 anos que havia sido dispensado da AA INTERNACIONAL, pedi ao LÊ para apresentá-lo, desde que estivesse com o ATESTADO LIBERATÓRIO em mãos. Em pouco menos de 30 minutos o seu irmão Cebola, o trouxe para que o conhecêssemos. Vi um jovem muito carente, mas com uma demonstração de força de vontade incomum, apresentou-nos o ATESTADO LIBERATÓRIO e dissemos a ele que, com a ajuda do LÊ, poderia ir fazer alguns testes em clubes russos. Como estávamos próximos do embarque, solicitamos o passaporte, porém nos informou não possuir. Partimos para juntar os documentos, faltando o principal CERTIFICADO DE DISPENSA DO SERVIÇO MILITAR. Perguntei a ele se estava em dia com o SERVIÇO MILITAR, afirmou que sim, e que tinha perdido o documento de dispensa. Levei-o a um QUARTEL de uma cidade de nossa região para que pudesse averiguar a veracidade do que ouvimos dele.
Feito isto, foi provado mesmo que ele não havia mentido, fomos a Policia Federal e, com os documentos todos em ordem, expediu-se no mesmo dia o PASSAPORTE.
Embarcamos na mesma semana após pegarmos o visto de ENTRADA, que na época era exigido, e partimos para Moscou, chegamos lá com 30 graus negativos, e o que mais me chamou a atenção foi o fato de ele em momento algum reclamou, apenas estava imbuido de agarrar de qualquer maneira aquela chance.
Fez varios testes em muitos clubes, em local fechado, grama sintética, o que para nós era novidade ainda e acertou em um clube e ficou lá durante nove anos mais ou menos, trocando de clubes, mas sempre em atividade. Nunca mais o vi. Em um jogo que realizado no Pradão, na despedida de solteiro do jogador Elano, eu fui convidado e num momento antes do inicio deste jogo festivo, eis que aparece ao meu lado um jovem com esposa e filha, me disse: O Senhor se lembra de mim? Eu disse-lhe; Desculpa, mas não me lembro, e ele contou a historia toda, que estava de ferias aqui e que deu certo lá e veio me agradecer pela boa vontade que mostramos ao acreditar nele. Fiquei feliz mesmo e me emocionei em saber que estava muito bem.
Mas quis o destino que em 2007 quando da transferencia do
CELSINHO para o FC LOKOMOTIV, eu estava em Moscou e vi uma noticia que um jogador brasileiro havia morrido lá em pleno treinamento vitima de um ataque cardíaco, ele estava no Kazakistão, fiquei perplexo, como se estivesse sonhando, não acreditando mesmo, até que liguei para o LÊ ai em Limeira, ai ele me confirmou mesmo, que destino a vida nos reserva às vezes, até hoje jamais isto saí de minha cabeça.
O conheci como TIGRÃO e depois mudamos lá na Russia para MENDES que era o seu sobrenome, UM GRANDE HOMEM, VENCEDOR MESMO.
Nilton jogou na Internacional e no Independente. Ele era conhecido por Tigrão. Em 1998, foi levado pelo empresário e ex-jogador Lê para o futebol da Rússia.
Ele está sepultado ai no Cemiterio da SAUDADE.
Que a família dele esteja confortada com o ocorrido e gostaria de encontrá-los novamente.
SÃO COISAS QUE SÓMENTE DEUS PODERIA NOS EXPLICAR.
ABRAÇO
BRESSAN
Notícias sobr Nilton.
Cazaquistão de luto por Nilton
O país do Leste europeu chora o desaparecimento do avançado brasileiro Nilton Mendes, falecido na segunda-feira de ataque cardíaco durante um treino do Shakhtyor.
O Cazaquistão chora o desaparecimento do avançado brasileiro Nilton Mendes, que faleceu na segunda-feira, vítima de ataque cardíaco, durante um treino do FC Shakhtyor Karagandy.
Êxito no Leste
Nilton chegou ao Cazaquistão em 1999, a convite do treinador do FC Irtysh Pavlodar, Anatoli Chernov, e desde aí fez história no futebol cazaque. O antigo jogador do Clube Atlético Paranaense não foi o primeiro brasileiro a actuar naquele país do Leste europeu, mas terá, sem dúvida, sido o mais bem-sucedido, destacando-se pelo talento e golos marcados na Superleague. Nilton apontou 79 golos em 200 jogos no campeonato ao serviço de vários clubes, incluindo FC Astana, Shakhtyor e Irtysh.
JOGADOR DO ANO
Ganhou o título nacional com a camisola do Irtysh em 1999 e por duas vezes levantou a Taça do Cazaquistão, estas ao serviço do Astana. Em 2000, sagrou-se o melhor marcador do campeonato, com 21 golos marcados pelo Astana, ano em venceu o prémio de Jogador do Ano. O malogrado jogador marcara esta temporada o seu primeiro golo nas provas europeias, na partida que opôs o Shakhtyor ao FC MTZ-RIPO Minsk, a contar para a primeira ronda da Taça Intertoto, tendo assinado o último remate certeiro a 4 de Agosto frente ao Astana, o seu antigo clube.
“Minuto de silêncio”
"Na terça-feira, a preceder o encontro diante do FC Kaisar Kyzylorda, vamos recordar o Nilton com um minuto de silêncio. Todos terão a possibilidade de se despedir dele antes de o seu corpo ser levado para o Brasil”, afirmou o presidente do Shakhtyor, Grigori Loria.
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