Judô
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A história do Judô e do Clã Takada. |
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No Japão do século 19, um adolescente de aparência frágil, estudante de artes marciais, não conformado com sua desvantagem física nas lutas, desenvolveu baseado na lendária arte marcial (ju jitsu), a luta que mais tarde se tornaria um dos esportes que mais medalhas trazem para o Brasil, o JUDÔ. Diferentemente dos mestres que existiam antigamente, cuja doutrina passada aos seus pupilos era a de SHIN KEN SHOBU (lutar ou morrer), esse jovem chamado Jigoro Kano pregava o SEIRYOKU-ZENYOU (o máximo da eficiência com o mínimo-dispêndio de energia) e o JITA-KYOEI (bem-estar e benefício mútuo). Batizado de JUDO (JU–suave/ DO-caminho) essa luta teve a popularidade levada alem das fronteiras do seu país, não somente pela sua utilização para defesa pessoal, mas também por oferecer aos praticantes extraordinárias oportunidades no sentido de superar suas próprias limitações, tornando–se mais tarde em um esporte olímpico.
No Brasil o Judô chegou ao inicio do século 20, criando vários adeptos em varias cidades do território nacional. Não diferente disso, nossa cidade já criou muitos atletas nessa modalidade. No final da década de 80, guiados pelo pai Norman Takada e treinados no grêmio esportivo SESI pelo professor Ademir Machado, três irmãos de descendência nipônica começaram suas trajetórias de conquistas pela região. Marcos Toshinori Takada, Leandro Mitsuo Takada e Wagner Kazuyoshi Takada deixaram suas marcas por onde lutaram, não somente pelas vitórias, mas também por preservarem a essência do judô nas lutas, com muita técnica e respeito aos adversários. Juntos os três irmãos conquistaram vários títulos oficiais e não-oficiais representando nossa cidade. A jornada dessa epopéia do “Clã Takada” teve seu final em meados do ano 2000. A saga de vitórias teve de ser interrompida pela falta de patrocínio e incentivo. Infelizmente são coisas que acontecem não somente com o judô, mas como na maioria dos esportes “amadores”, onde o atleta deve tirar do seu próprio bolso para cobrir os gastos com viagem, competições, etc. Hoje, o único judoca do “Clã Takada” que continua em atividade é Leandro, que é professor de judô e representa a cidade de Americana, onde o incentivo ao esporte é claramente maior. Ele lamenta pela falta de apoio e desunião que existe em nossa cidade, onde muitos atletas também estão passando pela mesma dificuldade.
“Chega um momento da vida em que temos que escolher entre o esporte e as responsabilidades. Sem apoio nenhum o esporte vira hobby. Hoje o Brasil, que é sede de Copa do Mundo e Olimpíadas, pouco tem feito em prol dos atletas que representam nosso país em competições internacionais. Esportes como o judô, atletismo, natação, que já conseguiram medalhas de OURO em olimpíadas, são deixados de lado enquanto nosso FUTEBOL que até hoje não conseguiu nenhum ouro olímpico é o único a ser patrocinado”, resumem os irmãos. “Nós brasileiros deveríamos mudar o conceito de que somos o país do futebol e pensar que somos o PAÍS DOS ESPORTES! Senão, de que adianta sediar uma olimpíada se os estrangeiros ganham as medalhas?!” completam. É um assunto que deve ser pensado profundamente.
Apesar das dificuldades, o fato é: muito além do que um esporte, o Judô é uma filosofia de vida, onde aprendemos a cair, erguer a cabeça e a levantar para continuarmos a luta, seja nos tatames ou no cotidiano da nossa vida. Segundo os três irmãos, essa é apenas uma das muitas lições que o Judô nos ensina.
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